domingo, 24 de novembro de 2013

Escutismo em S. António dos Cavaleiros - 30 anos.

ESCUTISMO: 30 ANOS DE PEDAGOGIA DO PASSADO PRESENTE NO FUTURO

Falar do Agrupamento 495 - Santo António dos Cavaleiros, é falar de algo que me é muito querido. Um Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português, que nasceu no fim-de-semana 10 /11 de Dezembro de 1977 como Agrupamento, mas que deu os seus primeiros passos em Outubro de 1974, na antiga Capela (hoje local de culto da Igreja Evangélica - junto à Associação de Reformados), por vontade do meu amigo Padre Francisco Rodrigues e de um grupo de pais, que me convidaram para orientar um grupo de pré-adolescentes e adolescentes. Na altura os pólos de ocupação dos nossos filhos eram inexistentes. A rua era a sua única atração.

Nesta altura, a nossa Igreja que tinha andado de casa em casa, passava a ter um espaço para o seu Culto e Evangelização, e as suas preocupações passaram a ser outras. Os seus jovens e a sua Educação, a sua Evangelização e a vivência para a Cidadania.

Mas tudo isto era pouco. Era preciso procurar o “Sentido para Deus e para os outros” por outros “Caminhos”. Assim, nasceu a ideia e o pedido, dos jovens, como o Pedro Matos e o Miguel Vigário, irmãos e outros que constantemente pediam para passarem a fazer escutismo. O meu envolvimento na Ação Católica e no escutismo foi o primeiro passo. Faltava convencer alguns pais e o Padre “Chico”.

No momento em que todos estão de acordo, começam os problemas de espaço e de consciência. “O que fazer com as meninas”, que à data não eram aceites no Escutismo, C. N. E. Abandoná-las, nunca. Não era essa a nossa vontade. Nascem assim, as Guias e mais tarde é feita a sua integração no C. N. E. Um dos primeiros grupos femininos.

Assim, nasceu o nosso Agrupamento 495 – Santo António.

Fazer Escutismo com uma “Pedagogia do Passado, Presente no Futuro”, passou a ser a grande preocupação e a afirmação de todos no 495. Era preciso pôr em prática a “Pedagogia Ativa”, criada por Baden-Powell. Uma pedagogia de jovens para os jovens, com orientação de adultos responsáveis e empenhados em participar na Formação e Educação dos seus/suas rapazes/raparigas, colaborando de forma ativa e desinteressada com os pais, não esquecendo o “Passado, olhando o Presente e preparando o Futuro”.

PARABÉNS 495.

BEM HAJAM TODOS. SEMPRE ALERTA PARA SERVIR”

Chefe Victor Aleixo (Águia Branca)


Dezembro de 2007.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

                          COMO ABRIR UM AGRUPAMENTO DE ESCUTEIROS


 
ESCUTISMO É...

“O Escutismo é um movimento educativo que procura desenvolver no jovem, nos seus momentos de liberdade, as qualidades morais e físicas para fazer dele um homem feliz, capaz e bom cidadão”.
                                                                                                 Baden-Powell - Fundador do Escutismo


 
UM PROJECTO EDUCATIVO que engloba:

  • O compromisso pessoal com um ideal expresso na Lei do Escuta, nos Princípios do Escutismo e na Promessa.
  • A educação pela acção, pela participação activa - Método do Projecto.
  • A vida em pequenos grupos - Sistema de Patrulhas.
  • O progresso pessoal - Sistema de Progresso.
  • O contacto com a natureza, preferencialmente.
UM IDEAL ESCUTISTA - conjunto de valores humanos e cristãos, expressos nos Princípios do Escutismo, na Lei do Escuta e na Promessa, que dão sentido à vida e conduzem na senda do Homem Novo.

UMA EDUCAÇÃO PELA ACÇÃO - aprender fazendo, crescer sendo artífice de si próprio.
 A VIDA EM PEQUENOS GRUPOS - fazendo a experiência da vida em comunidade, em que cada um tem lugar próprio, direitos e deveres, na aprendizagem de uma cidadania activa.
 UMA PROPOSTA PARA CADA IDADE - com místicas e simbologias adequadas e motivadoras: 
Escuteiros Terrestre
                         Lobitos (6 - 10 anos) / Exploradores (10 - 14 anos).
                         Pioneiros (14 - 18 anos) / Caminheiros (18 - 22 anos).
Escuteiros Marítimos
                         Lobitos (6 - 10 anos) / Moços (10 - 14 anos).
                         Marinheiros (14 - 18 anos) / Companheiros (18 - 22 anos).
C.N.E.
CORPO NACIONAL DE ESCUTAS
                                                         Escutismo Católico Português
 
 
A MAIOR ORGANIZAÇÃO DE JUVENTUDE EM PORTUGAL
 
O C.N.E., integrado no Movimento Escutista, tem por finalidade a educação integral dos jovens, contribuindo para o seu desenvolvimento…ajudando-os a realizarem-se plenamente no que respeita às suas possibilidades físicas, intelectuais, sociais e espirituais, como pessoas, cristãos e cidadãos responsáveis e membros das comunidades onde se inserem.

 
As finalidades do Escutismo visam uma formação integral, harmoniosa e progressiva, que vão sendo concretizadas numa história, num projecto, numa aventura iniciada pela Promessa, em atitude de fidelidade a um compromisso, e culminam numa finalidade última: a felicidade, a vida como resposta a uma vocação, o servir em liberdade.
 
O ADULTO E O ESCUTISMO
O papel do adulto no Escutismo é o de EDUCADOR…

…Que acompanha…Está presente…
…Que sabe escutar e enriquecer os projectos, os sonhos e as necessidades de cada jovem, sem deixar de ser adulto.
… Que se deixa “maravilhar” pelo jogo e sabe agarrar as qualidades de cada um e fazê-las crescer.
…Que sabe ser o IRMÃO MAIS VELHO.
 
 A acção do adulto no C.N.E., como dirigente, é uma forma de Apostolado dos Leigos.
 
A IGREJA E O ESCUTISMO
Desde o início, a Igreja reconheceu no Escutismo um instrumento válido para a educação da fé e crescimento da vida cristã. Na verdade, todos os elementos constituintes do método escutista, se devidamente assumidos e exercidos, permitem esta educação, de tal modo que se pode afirmar que o Escutismo, no seu todo, constitui uma pedagogia para a fé. (…) O método educativo atrai os jovens, pois valoriza o jogo no sentido de desenvolver as atitudes decorrentes do ideal escutista, codificadas na “Lei” e na “Promessa” que lhe dá vida.
                                                                            O Escutismo, Escola de Educação
                                                            Exortação Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa
 
COMO ABRIR UM AGRUPAMENTO
O Escutismo, sendo um projecto educativo - Escola de Valores - que se vive nos Agrupamentos formados nas Comunidades Cristãs (paróquias), deve conduzir à realização plena dos jovens, através da acção educativa, consciente, responsável e coerente de adultos comprometidos no serviço à Igreja e à juventude.
 
FASE I
                                                          PEDIDO DE ESCUTISMO

 
A iniciativa de promover a fundação ou reabertura de um Agrupamento é assumida pela autoridade eclesiástica (pároco) da comunidade onde se pretende fundar o Agrupamento, através de proposta deste, por escrito, endereçada ao Chefe Regional directamente ou através da Junta Regional ao cuidado do Responsável pela Expansão – Formação de Novas Unidades, ou através da Junta de Núcleo.
 
Para se dar início ao processo de fundação ou reabertura de um Agrupamento é fundamental:
  • A existência de 5 ou 7 adultos e um assistente disponíveis, para possibilitar, mais tarde, abertura das duas Unidades (Alcateia / Expedição ou Flotilha), garantindo se sempre equipas mistas dado que o Escutismo envolve rapazes e raparigas.
  • Não é permitido iniciar-se a fundação de um Agrupamento com as 3ª (Pioneiros / Marinheiros) ou 4ª Secções (Caminheiros / Companheiros) ou as duas simultaneamente.
  • Dispor de espaço para sede, exclusivo e adequado ao desenvolvimento das actividades.
Após recepção e análise da proposta do pároco, a Junta Regional promovem uma reunião na comunidade, com o pároco e todos os interessados em dinamizar o projecto, com o objectivo de:
  • Conhecer as pessoas envolvidas no projecto, a sua motivação e empenho, bem como eventuais conhecimentos de Escutismo.
  • Dar a conhecer os elementos fundamentais do Projecto Educativo do Escutismo.
  • Aferir se as condições existentes satisfazem os requisitos mínimos para a fundação ou reabertura de um Agrupamento.
  • Programar as acções de formação:   
                                                   C.I. Curso de Introdução ao Escutismo.
                                                   C.I.P. Curso de Iniciação Pedagógica.

 
FASE II
FORMAÇÃO DOS ADULTOS
“Os princípios do Escutismo estão todos certos. O êxito da sua aplicação depende do Chefe e do modo como ele os aplica”.
Baden-Powell - Fundador do Escutismo
 
CURSOS DE FORMAÇÃO
 
C.I. – CURSO DE INTRODUÇÃO
 
O C.I. constitui uma etapa preparatória da formação de Dirigentes que pretende sensibilizar os seus participantes para uma visão geral do Escutismo, bem como iniciá-los nas grandes linhas da pedagogia escutista, simbologia e linguagem próprias.
Destinatários.
O Curso de Introdução (C.I.) destina-se a todos os adultos que queiram ingressar no Movimento e que:
  • Não sejam ainda Associados do C. N. E.
  • Tendo sido já Associados não dirigentes, estejam fora do movimento há mais de 5 anos e não tenham passado pela IV Secção.
  • Tendo sido já Associados; Dirigentes ou não e estejam fora do Movimento há mais de 15 anos.
 
Requisitos de Candidatura.
Os participantes devem obedecer aos seguintes requisitos:
  • Ter a idade de acordo com os termos do Regulamento Geral do CNE, artº 26 al. a) e as Normas para a Formação de Dirigentes, Anexo D.
  • Possuir as qualidades humanas (Carácter, Honestidade, Lealdade, Sinceridade,…) compatíveis com os valores escutistas.
  • Professar e praticar a Religião Católica.
  • Ser indicado pelo Chefe de Agrupamento, ouvida a Direcção de Agrupamento.
  • Ser indicado pelo Pároco local no caso de Agrupamento em Formação.
  • Fazer a apresentação da candidatura ao C.I. através de impresso próprio e cumprir com todas as condições exigidas.
 
C.I.P. – CURSO DE INICIAÇÃO PEDAGÓGICA
O C.I.P. pretende preparar Dirigentes capazes de organizarem e animarem actividades no quadro da Unidade a que vão pertencer.
 
Destinatários.
O Curso de Iniciação Pedagógica (C.I.P.) destina-se aos adultos que são chamados a ser Dirigentes/Educadores do C.N.E. e a todos aqueles que, tendo sido já Dirigentes/Educadores do C.N.E., estejam fora do movimento há mais de 5 anos.
 NOTA: Para os candidatos a Dirigentes em Unidades Marítimas, é obrigatório a frequência do CDEM - Curso Dirigente do Escutismo Marítimo, como curso complementar do CIP
 
Requisitos de Candidatura.
·        Ter idade igual ou superior a 22 anos.
·        Professar e praticar a Religião Católica.
·        Possuir as qualidades humanas fundamentais para assumir e viver a missão de Educador do C.N.E. – Escutismo Católico Português (Carácter, Honestidade, Lealdade, Sinceridade,…).
·        Demonstrar capacidade para se relacionar com os jovens.
·        Demonstrar capacidade para apreender o Método Escutista.
·        Demonstrar a disponibilidade de tempo e interior para participar no desenvolvimento prático do “Projecto Educativo do Escutismo”.
·        Demonstrar que possui já alguma noção das responsabilidades decorrentes da função de Educador do C.N.E. – Escutismo Católico Português.
·        Possuir estabilidade emocional e familiar.
Os candidatos exteriores ao Movimento deverão ainda:
  • Ter qualificação num Curso de Introdução (C.I.).
FASE III
PROCESSO ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO
 
 
Quando os candidatos a Dirigentes do Agrupamento em formação terminarem o CI com aproveitamento, poderão ser admitidos os primeiros aspirantes a Escuteiros, obtido que seja o parecer favorável da Direcção do Agrupamento Monitor, a qual fixará o número de aspirantes a admitir (um ou dois bandos – 6/16; e uma ou duas patrulhas – 6/16), ouvindo a JN e a JR.
 
O Agrupamento Monitor e a Junta de Núcleo respectiva iniciam, então, o processo administrativo para facilitar, mais tarde, a criação do Agrupamento, orientando os candidatos quanto à sua organização, gestão e administração, de acordo com os textos oficiais do C.N.E.
Após alguns meses de actividade, no mínimo 18 meses, com o apoio da Junta Regional, da respectiva Junta de Núcleo e do Agrupamento Monitor, estão criadas as condições para a grande festa de fundação e oficialização do novo Agrupamento, com as Promessas de Dirigentes e Escuteiros.
 
 
BIBLIOGRAFIA
 
Regulamento Geral do CNE
Regulamento Regional de Expansão

In Pde Manuel Fonte - Ex-Assistente do Núcleo do Cego do Maio e Nacional
O Escutismo, Escola de Educação - Exortação Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa
Organização Pedagógica do Escutismo – CNE.
Victor Aleixo
Ch. Águia Branca
 
 

 
 
 
 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

SER ANJO DO VOLUNTARIADO!

Todos sabemos que os anjos fazem parte das nossas crenças espirituais e estão presentes em todas as religiões. No mundo em que vivemos. Um mundo cheio de conflitos e males de toda a ordem, que nos coloca, por vezes, numa situação de adormecidos e alheios ao que se passa à nossa volta e não nos deixa ver a realidade da vida. Tornando-nos cegos para os outros e para as coisas. Um mundo do qual temos de acordar, despertando em nós um potencial de felicidade e paz de espírito que nunca imaginamos ter, mas que existem em nós. Chamado amor, compreensão, compaixão, sabedoria, etc…

Somos todos seres privilegiados na Criação feita por Deus, emanados da mesma fonte e Principio de Tudo, o Absoluto.

Os anjos são espíritos puros, apesar do seu grau de evolução ser muito complexo.  Nós, temos esse espírito ou será só a nossa vontade de querer ser anjo, por algo que fizemos e esperamos que seja visto e reconhecido pelos outros e pelo Pai. Mais em especial pelos outros, que são eles que nos tocam no “Ego”. Mas na realidade, não é assim que a verdadeira natureza existente em nós e evolui. Precisamos sim, mostrar e manifestar o Cristo interior, que temos em nós. Conhecer o “Caminho e a Verdade que nos liberta” e nos ilumina.

Ajudar os outros, despejando-nos dos nossos sentimentos mais mesquinhos, arranjando tarefas específicas e planos de trabalho com sabedoria e amor, são formas espirituais que, qualquer anjo deve dedicar ao Serviço dos espíritos menos evoluídos.

Se não há amor, bondade, alegria, entrega gratuita, ou seja doação,   não pode existir espiritualidade superior.

Ficar só pela vontade de fazer ou pedir que os outros o façam e não dar o exemplo na prática, não é procurar a nossa realidade espiritual no “Sempre Alerta para Servir”. É sim, ficar lá no céu a tocar harpa, e viver um modo diferente fugindo do problema, porque não há, da nossa parte, entrega, caridade e amor. É um tédio sem fim, viver assim e não existe nenhum anjo por perto que nos console, nem harpa que dure.

Chefe Águia Branca

Victor Aleixo

sexta-feira, 25 de maio de 2012


PERFIL HUMANO E CRISTÃO DO DIRIGENTE DO

C. N. E,

O DIRIGENTE DEVE:

1. Ser pessoa com estabilidade:
     * Humana; social; afectiva; económica (se possível); de emprego.

2. Ter uma vida familiar equilibrada, seja solteiro ou casado…

3. Ser pessoa:
     * Com boas qualidades intelectuais; com bom senso; com discernimento.

4. Ser pessoa:
     * De bem; respeitada por todos; de bom carácter; amante da verdade; vertical sem
        ser rígida; capaz de dialogar;  aberto à novidade; capaz de distinguir, no novo, o 
        que é bom daquilo que é moda fugaz e passageira.

5. Ser pessoa:
     * Interessada em actualizar os seus conhecimentos; não usar o "vestido" do
        baptismo ou o "fato" da 1ª Comunhão; não ser escuteiro de p. f. (prato feito).

6. Ser pessoa:
     * Não propensa a mexericos e intrigas; com espírito de concórdia e de paz.

7. Ser pessoa:
     * Firme sem ser intransigente; versátil sem ser volúvel.

8. Ser pessoa:
     * Que ame entranhadamente a juventude; capaz de dialogar com os jovens; capaz de
        ouvir os jovens; capaz de se fazer ouvir pelos jovens.

9. Ser pessoa:
     * Homem ou mulher de fé, tão profunda quanto possível; homem ou mulher de oração
        e prática religiosa exemplar; homem ou mulher modelo, para os escuteiros ou não.

10. Sem bons dirigentes não pode haver bom Escutismo; sem bons educadores não pode
      haver boa educação. "Ninguém pode dar aquilo que não tem".
      "Sem ovos não se fazem omeletes".

                                                     In Pde Manuel Fonte
                                            Ex-Assistente do Núcleo do Cego do Maio e Nacional.