sábado, 31 de março de 2012

A Mochila do Escuteiro - Vais Acampar?

A Mochila do Escuteiro

Se vais comprar uma Mochila, lembra-te que uma boa mochila deve...  

·        Ser confortável – ser acolchoada nas costas, nas alças na zona dos ombros e no cinto;
·        Distribuir o peso sobre os pontos da coluna vertebral preparados para o suportar;
·        Ajudar-nos a manter o equilíbrio, a evitar o cansaço e a aguentar durante mais tempo um peso sobre as costas;
·        Garantir que o equilíbrio e suporte da mochila se dão na zona inter-escapular;
·        Garantir que a repartição de peso seja feita na cintura e não nos ombros;

Quais são os tipos de mochila que existem?

  • Mochilas de grande carga ou expedição – 70 a 85 Litros, utilizadas para acampamentos de mais de 3 noites ou raids de vários dias;
  • Mochilas de excursão ou fim-de-semana – 40 a 70 Litros de capacidade, utilizadas normalmente em acampamentos de até 3 noites;
  • Mochilas de ataque – 30 a 45 litros, utilizadas para raids sem acampamento;
  • Mochilas mini – até 30 Litros, utilizadas para saídas curtas;
  • Mochilas de escalada – mochilas pequenas, muito técnicas e resistentes.
  • Mochilas estanques, são totalmente estanques e submergíveis, pensadas para actividades em água, neve ou chuva intensa.
Como deves arrumar a Mochila?

  • Usar a mesa da sala ou a cama para espalhar o material:
  1. Com a lista de material enviada pela Chefe de Unidade, recolher todo o material pedido;
  2. Fazer pequenos montes por categoria: 
- Uniforme base (para ser vestido);
- Peças restantes do Uniforme de Campo – T-Shirt verde, Sweat-Shirt “Scouts”, boné,
- Muda de roupa;
- Roupa interior, toalha;
- Fato-de-treino ou pijama;
- Artigos de higiene, papel higiénico e farmácia (medicamentos);
- Marmita e outros artigos de cozinha;
- Comida.
- Saco-cama e colchonete;
- Outros artigos dispersos (Lanterna, Bloco de notas, caneta, Sacos de plástico, etc).

  1. Com Chuva: Em caso de possibilidade de haver chuva, guarda todas as categorias de material em sacos de plástico, antes de os arrumares na mochila;
      Se usares um "poncho" impermeável, cobrir-te-á a ti e à tua mochila;

  1. A roupa, depois de dobrada, deve ser enrolada, pois assim enruga-se menos e permite arrumar melhor todo o interior. Arruma primeiro a roupa, debaixo para cima, começando, por baixo, pela roupa que irás usar mais tarde:
                     1º Toalha;
                     2º Muda de Roupa;
                     3º Roupa interior (são pequenas peças, pelo que devem ser distribuídas
                         pelos espaços vazios laterais do saco principal da Mochila. Observa por   
                         fora se há zonas onde a mochila não fica bem preenchida no interior);
                     4º Fato-de-treino ou pijama;
                     5º Peças restantes do Uniforme de Campo.

Grande parte das mochilas actuais possui uma divisória na parte inferior que, normalmente, deve ser usada para guardar o saco-cama quando não vem num saco próprio ou roupa, que são coisas leves;

       5.  Intercala os objectos mais pesados (Marmita e outros artigos de cozinha, comida, etc.), estes devem ser arrumados ao nível do centro de gravidade da pessoa, sensivelmente ao nível do umbigo, e o mais junto às costas possível, por causa do equilíbrio – no caso de ser comida ou enlatados, de forma a evitar derrames, arruma-os sempre em caixas ou sacos-de-plástico fechados e herméticos, mas atenção para que não se esmaguem esses alimentos ou ingredientes para as refeições. Se houver possibilidade disso, é preferível que sejam arrumados na divisória que anteriormente havíamos destinado ao saco-cama ou roupa. Caso tenhas de levar um utensílio vazio e limpo como um alguidar ou uma panela, deves tentar colocá-lo dentro da Mochila, coloca por dentro roupa ou outros artigos de forma a encheres esses utensílios e coloca-os no interior da Mochila;

       6. Por cima de tudo o anterior dito e mesmo por debaixo da “tampa” da Mochila, deves deixar, à “mão de semear”, algum material de campo leve (cartuchos de gaz, lanternas de petromax, bicos de fogão, os artigos de higiene, papel higiénico e farmácia (medicamentos).

       7. Fechando a tampa, deve ser entalado outro tipo de material que não caiba dentro da Mochila, tal como lonas, panos-tenda, tendas, a Parka ou material de tenda (ferros, duplo-tecto, etc.);

       8. Deves deixar à mão em bolsos laterais ou junto ao fecho ou tampa da mochila os objectos pequenos, avulsos ou que mais provavelmente virão a ser precisos, tais como a lanterna, o estojo de primeiros socorros, o mapa, merenda, carteira, faca-de-mato/canivete, etc.

Porém, deves preencher todos os espaços vazios da mochila com alguns desses objectos avulso, tendo sempre a preocupação de cada vez que colocares um objecto num lado, deves compensar do outro com outro objecto de igual peso, ou então, entala-o na parte frontal da Mochila ou junto às costas, como um Machado, por exemplo. Deves ter cuidado para não sobrecarregar a mochila de um dos lados com coisas mais pesadas que do outro lado, pois assim fica em desequilíbrio e prejudica a coluna vertebral.

      9. Por fora, preso às correias da Mochila, de preferência por baixo ou atrás deves pendurar a colchonete e o saco-cama se este último tiver saco próprio para a sua protecção. Não deixes pontas de objectos a saírem para fora da silhueta da mochila. A ponta de um saco-cama mal arrumado pode prender-se num ramo e provocar um acidente desagradável. Cuidado ao colocares estes objectos por cima da Mochila. Uma mochila alta, com um centro de gravidade alto (que acontece quando arrumamos objectos pesados no cimo da mochila), pode provocar facilmente o desequilíbrio quando temos de saltar para transpor uma vala, baixarmo-nos, andar de lado, etc.

Colocar a mochila às costas.

Para não forçar lateralmente a coluna, evitando assim risco de lesão, nem te desequilibrares, segue os passos seguintes. Para uma mochila não demasiado pesada:

  • Coloca a mochila em mão, encostada às tuas pernas, com as alças para fora;
  • Passa as mãos por entre as alças e agarra na mochila pelos lados;
  • Mantêm as costas direitas, para não a forçar a coluna;
  • Levanta a mochila até passar por cima da tua cabeça, dando uma volta de 360º e ficando às costas;
Para uma mochila muito pesada e se não tiveres quem te possa ajudar a colocar a Mochila às costas, o método mais aconselhável é:

  • Coloca a mochila em cima de uma rocha elevada, muro, banco, mesa, etc. com as alças viradas para ti;
  • Vira-te de costas para a mochila, enfia os braços nas alças e ajusta a tua posição mantendo sempre as costas direitas;
  • Coloca e ajusta bem o cinto, para que quando te afastares, a Mochila pese mais na tua cintura do que nos ombros;
  • Com cuidado, por causa do esforço na coluna e mantendo esta sempre direita, afasta-te até ficar todo o peso da mochila em cima de ti, fazendo então os últimos ajustes;
- Ajustar a mochila.

1º - Ajusta o cinto bem apertado – este existe para que uma grande parte do peso da
       mochila seja transferida para os quadris, aliviando bastante os ombros e a coluna;
2º - Ajusta as alças de maneira a dar uma sensação de conforto, com pouco peso sobre
       os ombros e sem sentir a mochila a puxar-te para trás;
3º - Ajusta as restantes fitas de maneira a que não sintas a mochila a balançar, mas sim
       bem ajustada ao corpo.

Bons Acampamentos e Boa Caça   
                                                                                                 
                                                                                      Águia Branca

FONTES:
  • Escutismo para Rapazes.
  • Sistema de Patrulhas.




domingo, 25 de março de 2012

TERÇO - ROSÁRIO DE FÁTIMA - REZAR COM MARIA

ROSÁRIO DE FÁTIMA – O TERÇO - REZAR COM MARIA

“Sou o Anjo da Paz. Rezai comigo. Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas”.

(Primeira Aparição do Anjo de Portugal, ou Anjo da Paz aos Pastorinhos de Fátima. Primavera de 1916).

COMO REZAR O ROSÁRIO

A palavra “Rosário” vem do latim Rosarium, o que significa “campo de rosas”. A rosa é uma flor que tem simbolismo cristão. A rosa é o símbolo das missões. Cada vez que se reza uma Ave-Maria éuma Rosa que se oferece a Nossa Senhora. É na boca da tradição que se ouve “não há rosa sem espinhos”, mostrando assim por um lado a beleza da rosa e o seu perfume e por outro as dificuldades e sacrifícios que lhe estão associados.

O Rosário é um conjunto de quinze vezes dez Ave-Marias (15 x 10), e de quinze Pai Nossos (15) que estão inseridos entre cada dez (10) Ave-Marias. Depois tem mais três (3) Ave-Marias e uma (1) Salve Rainha. Para  os fiéis não se perderem na contagem, utiliza-se um fio com contas, o Terço, de modo a ser possível visualizar os conjuntos de Ave-Marias.

Ao conjunto de dez (10) Ave-Marias, Pai Nosso e outras orações pequeninas (jaculatórias), que fazem parte da recitação do Rosário, chama-se um Mistério.

Começamos a rezar do seguinte modo:

·        Fazendo o Sinal da Cruz.

Pelo sinal da Santa Cruz, livre-nos Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos.

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amen.

·        Dizendo: Ó Deus, vinde em nosso auxílio. Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.

·        Recita-se: Glória ao Pai...

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era, no princípio, agora e sempre. Amen.

·        Enuncia-se o Mistério; faz-se uma breve pausa de reflexão ou leitura de um texto bíblico correspondente.

((Ex: Mistérios da Alegria – (Gozosos) – 1º Mistério: - A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora (Lc 1, 26-38).

·        Continua-se com: 1 Pai-Nosso; 10 Ave-Marias; 1 Glória ao Pai.

·        Segue-se as Jaculatórias:

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Ó bom Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

·        No final do Rosário são recitadas as três Ave-Marias finais (há quem as dedique pelas intenções do Papa, ou em louvor a Nossa Senhora), Ladainhas, e depois ou a Salve-Rainha ou então a Consagração a Nossa Senhora (ou ambas) e/ou outras orações marianas.

O ROSÁRIO:

Os Mistérios são quatro (4), com um conjuntos de cinco (5) intenções cada. Dividem-se em:

·        Mistérios da Alegria (Gozosos) – (Segundas e Sábados):

1º Mistério

A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora (Lc 1, 26-38);

2º Mistério

A Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel (Lc 1, 39-56);

3º Mistério

O nascimento de Jesus no presépio de Belém (Lc 2, 1-20);

4º Mistério

A Apresentação do Menino Jesus no Templo e a Purificação de Nossa Senhora (Lc 2, 22-38);

5º Mistério

O Encontro do Menino Jesus no Templo, entre os Doutores (Lc 2, 41-50).

·        Mistérios da Luz (Luminosos) – (Quinta-Feira):

1º Mistério

O Baptismo de Jesus no rio Jordão (Mt 3, 13-17);

2º Mistério

A Revelação de Jesus nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-12);

3º Mistério

O Anúncio do Reino de Deus. Um convite à conversão (Mc 1, 14-15; Lc 7, 47-48);

4º Mistério

A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor (Lc 9, 28-35);

5º Mistério

A Última Ceia de Jesus com os Apóstolos e a Instituição da Eucarístia (Lc 22, 14-20).

·        Mistérios da Dor (Dolorosos) – (Terças e Sextas-Feiras):

1º Mistério

A Agonia de Jesus no Horto das Oliveira (Mt 26, 36-46);

2º Mistério

A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 27, 11-26);

3º Mistério

A Coraação de espinhos de Jesus (Mt 27, 27-31);

4º Mistério

Jesus a caminho do calvário com a cruz aos ombros (Lc 23, 26-34);

5º Mistério

A Crucificação e Morte de Jesus (Lc 19, 25-30).

·        Mistérios da Glória (Gloriosos) – (Quartas e Domingos):

1º Mistério

A Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo (Lc 24, 1-8);

2º Mistério

A Ascenção de Jesus ao Céu (Act 1, 6-11);

3º Mistério

A Descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos, reunidos no Cenáculo (Act 2, 1-4);

4º Mistério

A Assunção de Nossa Senhora ao Céu, em corpo e alma (1 Cor 15, 12-24);

5º Mistério

A Coroação de Nossa Senhora, no Céu, como Rainha dos Anjos e Santos (Ap 12, 1-17).

AS APARIÇÕES - REZAR COM MARIA

“De tudo o que puderdes, oferecei a Deus sacrifício, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súlplica pela conversão dos pecadores. Atrai assim sobre a vossa pátria a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar”.

(Segunda Aparição do Anjo da Paz aos Pastorinhos de Fátima. Verão de 1916).

“Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da Terra, em reparação dos ultrjes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.  E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.

(Terceira Aparição do Anjo da Paz aos Pastorinhos de Fátima. Outono de 1916).

“Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele vos quiser enviar, em actos de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?”

(Nossa Senhora de Fátima, Primeira Aparição, em 13 de Maio de 1917).

“Rezem o Terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo”.

(Nossa Senhora de Fátima, Primeira Aparição, em 13 de Maio de 1917).

“Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono”.

(Nossa Senhora de Fátima, Segunda Aparição, em 13 de Junho de 1917).

“E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”.

(Nossa Senhora de Fátima, Segunda Aparição, em 13 de Junho de 1917).

“Quero que continuem a rezar o Terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”.

(Nossa Senhora de Fátima, Terceira Aparição, em 13 de Julho de 1917).

“Sacrificai-vos pelos pecadores, e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”.

(Nossa Senhora de Fátima, Terceira Aparição, em 13 de Julho de 1917).

“Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão pa”z.

“Vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência!”

(Nossa Senhora de Fátima, Terceira Aparição, em 13 de Julho de 1917).

“Quando rezardes o Terço, dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus! Perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inverno, levai as alminhas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem”.

(Nossa Senhora de Fátima, Terceira Aparição, em 13 de Julho de 1917).

“Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o  Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

(Nossa Senhora de Fátima, Quarta Aparição, em 19 de Agosto de 1917).

LUGARES RELACIONADOS COM AS APARIÇÕES  - A VISITAR

Na Cova da Iria, temos a própria Cova da Iria, com a Capelinha das Aparições, as Basílicas (duas), o monumento ao Coração de Jesus e a Cruz Alta.

A Igreja Paroquial de Fátima. Na época das Aparições, era o lugar mais importante.

Aljustrel – Valinhos. É o povoado e o lugar onde moravam os Pastorinhos, cujas casas podem ser visitadas. O Poço do Arneiro, onde se deu uma aparição do Anjo.

A Loca do Cabeço. No alto dos Valinhos, a norte. Aqui pode-se visitar uma pequena gruta, a onde os Pastorinhos rezavam, descançavam, comiam a sua merenda e brincavam. Neste local apareceu-lhes o Anjo várias vezes e do qual receberam a comunhão.

Oratório de Nossa Senhora. Fica no caminho para a Loca do Cabeço. Assinala o lugar onde apareceu Nossa Senhora, a 19 de Agosto. Faz parte do itinerário da Via Sacra.

Via Sacra. Percurso existente pelo monte e que termina no alto, no lugar do Calvário. Neste local encontra-se a Capela de Santo Estevão, chamada de Capela dos Húngaros, por ter sido mandada construir (1964), por cidadãos dispersos pelo mundo, maioritariamente húngaros.



FONTES

  • Enciclopédia Católica Popular, Paulinas Editorial.
  • Paulinas Editora, Lisboa.

INSÍGNIA DE MADEIRA

Insígnia de Madeira

Insígnia de Madeira é um Curso de Formação de Escutistas que finalmente resulta na conclusão de curso de segundo nível, no fim recebe um certificado, um lenço pequeno, uma lâmina de couro, e duas pequenas contas de madeira em uma tira de couro.

Lord Baden-Powell, fundador do Escutismo, dirigiu o primeiro curso de chefes no Parque de Gilwell, Inglaterra, em 1919 e deu a cada um dos participantes uma das contas que ele tinha tirado ao chefe Africano Dinizulu, que ele capturado.

Originalmente, era constituída por um atilho de couro (amuleto de felicidade) e por algumas contas de madeira passadas pelo fogo, símbolo de realeza e do fogo original dos antepassados da tribo, passado de geração em geração como emblema do seu domínio e do conhecimento partilhado entre gerações.

Em 1919, durante o 1º curso este, chamado de Curso Oficial de Treinamento de Escoteiros, surgiu uma questão importante nos pensamentos de Baden-Powell. Qual seria o distintivo especial que deveria ser fornecido aos escotistas que fossem aprovados neste curso. Assim fez em nome do curso desenvolver, o seu símbolo, era literalmente um crachá de madeira. Insígnia de Madeira é, ainda, primeiro Curso de Formação do Escutismo. É o equivalente ao nosso CIP – Curso de Iniciação Pedagógica.

Baden-Powell projectou de modo que os Dirigentes Escuteiros pudessem aprender, na prática como uma forma possível, as habilidades e os Métodos do Escutismo.

A singularidade do Escutismo é o Método de Patrulha. O uso do sistema de grupos, é composto naturalmente de seis ou oito elementos, que elege o seu próprio líder e planeja e realiza muitas de suas próprias actividades é uma democracia no microcosmo.

Aqui os jovens aprendem a dar e receber, de trabalhar com as pessoas como elas devem certamente fazer toda a sua vida. Aqui, também, são dadas indicações de liderança e oportunidades de aprendizagem e prepará-los para seu futuro papel como cidadãos.

É por esta razão que é tão crucial que todos os adultos entendam completamente o Método de Patrulha. Foi assim que Baden-Powell desenvolveu um curso prático construído em torno da operação de uma unidade e suas patrulhas. No entanto, esta é apenas a mais conhecida das três partes em toda a experiência de formação da insígnia de madeira.

O curso prático – a semana no fora-de-portas – foi originalmente programado para seguir uma parte:

·        "Teórica" 1, ​ que consistia em responder a uma série de perguntas sobre os objectivos e métodos do programa Scouting.

·        Parte 3, em seguida, seguiu o curso prático e exigiu um período de aplicação de 6 meses, enquanto o Scout praticada em sua situação em casa Scouting o que tinha aprendido nas partes 1 e 2.

 Na prática, uma vez Insígnia de Madeira tornou-se disponível nos Estados Unidos, as questões teóricas e aplicação foram realizadas, simultaneamente, após o curso prático foi tirada.

Mas Insígnia de Madeira é mais do que apenas trabalho de curso mecânico. Insígnia de Madeira é a personificação do espírito do Escutismo. Como muitas experiências de treinamento intenso, ele sempre contou com uma programação ocupada obrigando os participantes a trabalharem juntos, para organizar e desenvolver um espírito de equipe e entusiasmo para realizar as tarefas e os desafios colocados diante deles.

Realizadas em contexto de ideais e Scouting serviço para jovens, o curso traz uma profunda dedicação e espírito de fraternidade e de comunhão na maioria dos participantes.

Posteriormente, passou a associar-se a esta "insígnia de madeira" um lenço escutista, de cor rosa-acinzentado e com um pequeno rectângulo de pano com o padrão do tartan dos Maclaren aposto no vértice. Este lenço era, originalmente, um "lenço de Grupo", o do Grupo n.º 1 – Gilwell Park mas a partir de 1924 o seu uso foi restrito aos portadores da Insígnia de Madeira. A anilha, em couro e com o nó "cabeça de turco" ou "de turbante", foi criada em 1920, como complemento óbvio do Lenço de Gilwell. No entanto, desde o início (e de forma oficial de 1943 a 1989) foi dada como símbolo a quem completasse a Formação Básica em Gilwell (equivalente ao nosso CIP) e ainda hoje pode ser usada com o lenço de Dirigente.

SIMBOLISMO
Actualmente, as duas peças da Insígnia – colar e lenço de Gilwell – mantêm um simbolismo rico e muito próximo do original.

O colar simboliza a partilha do dever e de conhecimentos entre as sucessivas gerações de Dirigentes, a transmissão do "fogo original" herdado de Baden-Powell. Na sua singeleza, é símbolo do desprezo pelas riquezas materiais e exemplo da forma como em pequenos nadas podemos encerrar as verdadeiras riquezas da humanidade. É ainda símbolo da nossa casa, a Natureza. O nosso orgulho não são medalhas nem diplomas, mas sim um bocado de madeira.

O lenço simboliza a nossa pertença simbólica a Gilwell, lembra-nos o nosso compromisso de fraternidade mundial e torna-nos a todos igualmente dirigentes de um mesmo ideal. Somos todos do mesmo Grupo.

Estes símbolos não só representam que seu portador é um integrante do 1º Grupo de Gilwell, bem com, anunciam um conjunto de valores atribuídos ao escutista que é seu portador.

O primeiro valor é a LEALDADE: Seu portador deve ser um escutista formado e qualificado para exercer a missão de educador com uma reconhecida competência através da prática de um Escutismo de acordo com seus Princípios e Fundamentos que o regem.

O segundo valor é a IDONEIDADE MORAL: Sendo o Escutismo um Método de Educação baseado na prática de princípios morais e éticos expressos na Lei e na Promessa do Escuta, o educador que é chamado a aplicar tal programa, não pode ele mesmo, deixar de ser um exemplo de vivência desses Princípios.

Essa é, por conseguinte, uma condição ímpar a exigir aos portadores da Insígnia
da Madeira, curso que deve ser o compromisso maior de todo escuta na sua formação.

O terceiro valor, decorrente do anterior, tem a ver com a FIRMEZA DO
COMPROMISSO, como segue:

  • Uma responsabilidade de aplicação das suas competências a serviço do jovem;

  • Uma responsabilidade de auto-avaliação contínua e permanente, no sentido de desenvolver cada vez mais aquelas competências e dar testemunho daqueles valores;

  • Uma responsabilidade de disponibilidade pessoal e de abertura, sem a qual os anteriores não são possíveis.

 Por tudo isso, a Insígnia da Madeira deve ser vista como um desafio e, não como
uma distinção ou prémio.

O portador da Insígnia deve ter em alta conta sua grandeza pessoal e humildade de carácter e, quando não conseguir mais, por qualquer motivo, prosseguir nesta jornada proposta, retirar-se preservando aquilo que ele tanto ajudou a projectar.

Outros virão para continuar a elevar estes valores intrínsecos da Insígnia da Madeira, lembrem-se; somos um Movimento Escutista.

COLARES DE GILWELL
Em todo o mundo, salvo raras excepções, só existem colares de duas, três ou quatro contas. Simbolizam que o seu portador fez formação específica como dirigente escutista. No entanto, o tipo de formação a que cada um corresponde e as condições para o seu uso são diferentes de país para país, em casos extremos divergem mesmo de associação para associação dentro do mesmo país.

No CNE, o significado dos colares será o seguinte:
Colar de duas contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em formação específica dirigida àqueles que têm por missão a chefia das unidades em que se integram os jovens ou dirigida àqueles que têm por missão a dinamização e a coordenação dos Dirigentes e a animação local de um Agrupamento escutista.

Colar de três contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em formação específica que os habilitem como Formadores de adultos.

Colar de quatro contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em formação específica para o planeamento, construção, gestão e avaliação da Formação.

ATRIBUIÇÃO DO COLAR
A atribuição de um Colar de Gilwell e do direito a usar o Lenço de Gilwell deve sempre ser feita em ocasião solene, testemunhada pelos demais Dirigentes da área onde exercerá as suas funções. Aconselha-se a sua entrega em Conselho de Núcleo, Regional ou Nacional.

Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de duas contas os Dirigentes que sejam qualificados com o C.A.P. ou o C.A.L. e exerçam, respectivamente, funções na Equipa de Animação da Unidade para a qual fez formação ou na Direcção do Agrupamento.

Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de três contas os Dirigentes que sejam qualificados com o C.A.F. ou obtenham a equivalência ao mesmo e exerçam a função de Formador integrados numa equipa ou Departamento de Formação.

Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de quatro contas os Dirigentes que sejam qualificados com o C.D.F. e exerçam a função de Formador integrados numa equipa ou Departamento de Formação ou num órgão executivo.

A propriedade da Insígnia de Madeira é da pessoa a quem é concedida. Todavia, o direito ao seu uso cessa quando cessam as condições que determinaram a sua atribuição.

Quem tiver o direito a usar mais de um Colar usará apenas o de mais contas.

USO DA INSÍGNIA DE MADEIRA
O uso do Colar e da anilha são apropriados em todas as circunstâncias em que o seu portador se apresente em uniforme regulamentar.

O Lenço de Gilwell deve ser usado exclusivamente:
a) em acções de Formação de Dirigentes, sejam cursos, encontros, jornadas, reuniões ou outros;

b) em actividades da Formação ou ligadas à Formação em sentido amplo: encontros informais de Formadores, Feiras de Formação, acções de representação ou divulgação da Formação, encontros de formandos, etc.

Em caso algum se deve usar qualquer peça da Insígnia de Madeira com o uniforme protocolar previsto no Art.º 7º do Regulamento dos Uniformes, Distintivos e Bandeiras.

AQUISIÇÃO DA INSÍGNIA DE MADEIRA

As peças constituintes da Insígnia de Madeira são conforme o previsto no Art.º 13º e no Anexo 2 do Regulamento dos Uniformes, Distintivos e Bandeiras.

A sua produção será garantida pelo D.M.F., que as cederá apenas mediante apresentação de autorização escrita emitida pelo Departamento Nacional de Formação.

Junto com cada Colar será entregue uma pequena brochura com a história da Insígnia de Madeira, seu simbolismo, seu uso correcto, este Código e outras informações que se julguem de interesse para o seu portador.
FONTES.

  • Escutismo para Rapazes.
  • Sistema de Patrulhas.
  • CNE - Regulamento dos Uniformes, Distintivos e Bandeiras - Anexo 2.
  • R.T. Lund, Director do Bureau Mundial.
  • Boy Scout of America (BSA), Mr. Joe Brunton.
  • Mr. John Thurman., ex-Chefe de Campo do Parque de Gilwell.