domingo, 25 de março de 2012

INSÍGNIA DE MADEIRA

Insígnia de Madeira

Insígnia de Madeira é um Curso de Formação de Escutistas que finalmente resulta na conclusão de curso de segundo nível, no fim recebe um certificado, um lenço pequeno, uma lâmina de couro, e duas pequenas contas de madeira em uma tira de couro.

Lord Baden-Powell, fundador do Escutismo, dirigiu o primeiro curso de chefes no Parque de Gilwell, Inglaterra, em 1919 e deu a cada um dos participantes uma das contas que ele tinha tirado ao chefe Africano Dinizulu, que ele capturado.

Originalmente, era constituída por um atilho de couro (amuleto de felicidade) e por algumas contas de madeira passadas pelo fogo, símbolo de realeza e do fogo original dos antepassados da tribo, passado de geração em geração como emblema do seu domínio e do conhecimento partilhado entre gerações.

Em 1919, durante o 1º curso este, chamado de Curso Oficial de Treinamento de Escoteiros, surgiu uma questão importante nos pensamentos de Baden-Powell. Qual seria o distintivo especial que deveria ser fornecido aos escotistas que fossem aprovados neste curso. Assim fez em nome do curso desenvolver, o seu símbolo, era literalmente um crachá de madeira. Insígnia de Madeira é, ainda, primeiro Curso de Formação do Escutismo. É o equivalente ao nosso CIP – Curso de Iniciação Pedagógica.

Baden-Powell projectou de modo que os Dirigentes Escuteiros pudessem aprender, na prática como uma forma possível, as habilidades e os Métodos do Escutismo.

A singularidade do Escutismo é o Método de Patrulha. O uso do sistema de grupos, é composto naturalmente de seis ou oito elementos, que elege o seu próprio líder e planeja e realiza muitas de suas próprias actividades é uma democracia no microcosmo.

Aqui os jovens aprendem a dar e receber, de trabalhar com as pessoas como elas devem certamente fazer toda a sua vida. Aqui, também, são dadas indicações de liderança e oportunidades de aprendizagem e prepará-los para seu futuro papel como cidadãos.

É por esta razão que é tão crucial que todos os adultos entendam completamente o Método de Patrulha. Foi assim que Baden-Powell desenvolveu um curso prático construído em torno da operação de uma unidade e suas patrulhas. No entanto, esta é apenas a mais conhecida das três partes em toda a experiência de formação da insígnia de madeira.

O curso prático – a semana no fora-de-portas – foi originalmente programado para seguir uma parte:

·        "Teórica" 1, ​ que consistia em responder a uma série de perguntas sobre os objectivos e métodos do programa Scouting.

·        Parte 3, em seguida, seguiu o curso prático e exigiu um período de aplicação de 6 meses, enquanto o Scout praticada em sua situação em casa Scouting o que tinha aprendido nas partes 1 e 2.

 Na prática, uma vez Insígnia de Madeira tornou-se disponível nos Estados Unidos, as questões teóricas e aplicação foram realizadas, simultaneamente, após o curso prático foi tirada.

Mas Insígnia de Madeira é mais do que apenas trabalho de curso mecânico. Insígnia de Madeira é a personificação do espírito do Escutismo. Como muitas experiências de treinamento intenso, ele sempre contou com uma programação ocupada obrigando os participantes a trabalharem juntos, para organizar e desenvolver um espírito de equipe e entusiasmo para realizar as tarefas e os desafios colocados diante deles.

Realizadas em contexto de ideais e Scouting serviço para jovens, o curso traz uma profunda dedicação e espírito de fraternidade e de comunhão na maioria dos participantes.

Posteriormente, passou a associar-se a esta "insígnia de madeira" um lenço escutista, de cor rosa-acinzentado e com um pequeno rectângulo de pano com o padrão do tartan dos Maclaren aposto no vértice. Este lenço era, originalmente, um "lenço de Grupo", o do Grupo n.º 1 – Gilwell Park mas a partir de 1924 o seu uso foi restrito aos portadores da Insígnia de Madeira. A anilha, em couro e com o nó "cabeça de turco" ou "de turbante", foi criada em 1920, como complemento óbvio do Lenço de Gilwell. No entanto, desde o início (e de forma oficial de 1943 a 1989) foi dada como símbolo a quem completasse a Formação Básica em Gilwell (equivalente ao nosso CIP) e ainda hoje pode ser usada com o lenço de Dirigente.

SIMBOLISMO
Actualmente, as duas peças da Insígnia – colar e lenço de Gilwell – mantêm um simbolismo rico e muito próximo do original.

O colar simboliza a partilha do dever e de conhecimentos entre as sucessivas gerações de Dirigentes, a transmissão do "fogo original" herdado de Baden-Powell. Na sua singeleza, é símbolo do desprezo pelas riquezas materiais e exemplo da forma como em pequenos nadas podemos encerrar as verdadeiras riquezas da humanidade. É ainda símbolo da nossa casa, a Natureza. O nosso orgulho não são medalhas nem diplomas, mas sim um bocado de madeira.

O lenço simboliza a nossa pertença simbólica a Gilwell, lembra-nos o nosso compromisso de fraternidade mundial e torna-nos a todos igualmente dirigentes de um mesmo ideal. Somos todos do mesmo Grupo.

Estes símbolos não só representam que seu portador é um integrante do 1º Grupo de Gilwell, bem com, anunciam um conjunto de valores atribuídos ao escutista que é seu portador.

O primeiro valor é a LEALDADE: Seu portador deve ser um escutista formado e qualificado para exercer a missão de educador com uma reconhecida competência através da prática de um Escutismo de acordo com seus Princípios e Fundamentos que o regem.

O segundo valor é a IDONEIDADE MORAL: Sendo o Escutismo um Método de Educação baseado na prática de princípios morais e éticos expressos na Lei e na Promessa do Escuta, o educador que é chamado a aplicar tal programa, não pode ele mesmo, deixar de ser um exemplo de vivência desses Princípios.

Essa é, por conseguinte, uma condição ímpar a exigir aos portadores da Insígnia
da Madeira, curso que deve ser o compromisso maior de todo escuta na sua formação.

O terceiro valor, decorrente do anterior, tem a ver com a FIRMEZA DO
COMPROMISSO, como segue:

  • Uma responsabilidade de aplicação das suas competências a serviço do jovem;

  • Uma responsabilidade de auto-avaliação contínua e permanente, no sentido de desenvolver cada vez mais aquelas competências e dar testemunho daqueles valores;

  • Uma responsabilidade de disponibilidade pessoal e de abertura, sem a qual os anteriores não são possíveis.

 Por tudo isso, a Insígnia da Madeira deve ser vista como um desafio e, não como
uma distinção ou prémio.

O portador da Insígnia deve ter em alta conta sua grandeza pessoal e humildade de carácter e, quando não conseguir mais, por qualquer motivo, prosseguir nesta jornada proposta, retirar-se preservando aquilo que ele tanto ajudou a projectar.

Outros virão para continuar a elevar estes valores intrínsecos da Insígnia da Madeira, lembrem-se; somos um Movimento Escutista.

COLARES DE GILWELL
Em todo o mundo, salvo raras excepções, só existem colares de duas, três ou quatro contas. Simbolizam que o seu portador fez formação específica como dirigente escutista. No entanto, o tipo de formação a que cada um corresponde e as condições para o seu uso são diferentes de país para país, em casos extremos divergem mesmo de associação para associação dentro do mesmo país.

No CNE, o significado dos colares será o seguinte:
Colar de duas contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em formação específica dirigida àqueles que têm por missão a chefia das unidades em que se integram os jovens ou dirigida àqueles que têm por missão a dinamização e a coordenação dos Dirigentes e a animação local de um Agrupamento escutista.

Colar de três contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em formação específica que os habilitem como Formadores de adultos.

Colar de quatro contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em formação específica para o planeamento, construção, gestão e avaliação da Formação.

ATRIBUIÇÃO DO COLAR
A atribuição de um Colar de Gilwell e do direito a usar o Lenço de Gilwell deve sempre ser feita em ocasião solene, testemunhada pelos demais Dirigentes da área onde exercerá as suas funções. Aconselha-se a sua entrega em Conselho de Núcleo, Regional ou Nacional.

Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de duas contas os Dirigentes que sejam qualificados com o C.A.P. ou o C.A.L. e exerçam, respectivamente, funções na Equipa de Animação da Unidade para a qual fez formação ou na Direcção do Agrupamento.

Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de três contas os Dirigentes que sejam qualificados com o C.A.F. ou obtenham a equivalência ao mesmo e exerçam a função de Formador integrados numa equipa ou Departamento de Formação.

Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de quatro contas os Dirigentes que sejam qualificados com o C.D.F. e exerçam a função de Formador integrados numa equipa ou Departamento de Formação ou num órgão executivo.

A propriedade da Insígnia de Madeira é da pessoa a quem é concedida. Todavia, o direito ao seu uso cessa quando cessam as condições que determinaram a sua atribuição.

Quem tiver o direito a usar mais de um Colar usará apenas o de mais contas.

USO DA INSÍGNIA DE MADEIRA
O uso do Colar e da anilha são apropriados em todas as circunstâncias em que o seu portador se apresente em uniforme regulamentar.

O Lenço de Gilwell deve ser usado exclusivamente:
a) em acções de Formação de Dirigentes, sejam cursos, encontros, jornadas, reuniões ou outros;

b) em actividades da Formação ou ligadas à Formação em sentido amplo: encontros informais de Formadores, Feiras de Formação, acções de representação ou divulgação da Formação, encontros de formandos, etc.

Em caso algum se deve usar qualquer peça da Insígnia de Madeira com o uniforme protocolar previsto no Art.º 7º do Regulamento dos Uniformes, Distintivos e Bandeiras.

AQUISIÇÃO DA INSÍGNIA DE MADEIRA

As peças constituintes da Insígnia de Madeira são conforme o previsto no Art.º 13º e no Anexo 2 do Regulamento dos Uniformes, Distintivos e Bandeiras.

A sua produção será garantida pelo D.M.F., que as cederá apenas mediante apresentação de autorização escrita emitida pelo Departamento Nacional de Formação.

Junto com cada Colar será entregue uma pequena brochura com a história da Insígnia de Madeira, seu simbolismo, seu uso correcto, este Código e outras informações que se julguem de interesse para o seu portador.
FONTES.

  • Escutismo para Rapazes.
  • Sistema de Patrulhas.
  • CNE - Regulamento dos Uniformes, Distintivos e Bandeiras - Anexo 2.
  • R.T. Lund, Director do Bureau Mundial.
  • Boy Scout of America (BSA), Mr. Joe Brunton.
  • Mr. John Thurman., ex-Chefe de Campo do Parque de Gilwell.




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